terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Saudoso Carlos de Campos


E o dia se foi tão rápido... Como se as nuvens saíssem correndo cada uma com o pretexto de se pôr no horizonte junto ao seu astro o Sol.
A rua agora está calma fazendo parecer impossível qualquer tipo de engarrafamento, nem mesmo de pessoas tentando andar (passar por sobre as outras) na calçada já congestionada de barraquinhas de camelô.
E a brisa suave vindo me sussurrar para eu não me preocupar pois há momentos em que tudo não passa de um sonho.
O trem que vinha correndo nesse instante vai reduzindo sua velocidade como se estivesse com medo de chegar na próxima estação e completar seu árduo trabalho.
É incrível como esse tal Monsenhor do Oriente me dá força para ver a vida de outro ângulo, bonita como é!
Que até o tio da banca, que outro dia tentou me vender o cigarro por um preço mais conveniente para ele, daqui de cima agora parece só mais um trabalhador tentando dar continuidade a esse fluxo que chamamos de vida. Olha lá, ele já está dando um ponto final no seu dia difícil e abrindo mais um parágrafo para o resto de sua história.
Antes que eu me revolte imaginando que ele vai para casa sentar-se em frente à TV e esperar a janta da mulher que ele mal dá atenção, eu me volto para a bandeira do meu país hasteada na torre do prédio mais alto da região e vejo em suas cores a esperança de que todos os fins de tarde sejam tranqüilos assim.

22/04/09

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