Faísca risco
quase posso sussurrar
brigar pra manter
temperatura consumindo
as folhas secas
antigas vestimentas
pra aquele breve olhar
Ainda hesitando
falha visão do caminhar
faiscando e faiscando
sem entender se parecer
saber onde vai dar
é arte de respeito
ou deus
pra segurar
Faísca consigo
arriscando encomodar
quentar demais o redor e
queimar o que há de certo
o velho muro, encosto
dos corações rotineiros
impassíveis de ativar
Chama o que fomenta força
dum crescente despertar
lambe morde engole
as águas desistentes
de bater e de furar
Fervendo-as a fim de prosseguir
a ebulição da vontade, a evaporação da vaidade
a condensação da maturidade e a emancipação que de direito há.