segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Om

Uma vez te abracei e você não soube, porque cheguei de mansinho e por trás. Seu sonho me vertiginava pela sensação do chão estar infinitamente distante tanto quanto absurdamente perto, feito o fundo de um caleidoscópio. Nosso matiz me cobria, me esquentava e me fervia mas o brilho, de tanto, ia se ofuscando que chegou a ponto de saturar. O contraste ficou demais. Uma estrela morreu. Outra nasceu. Inception. Ondas frequentes se espalharam. E eu aqui, você aí.




02/09/13
12h30

Quase Um Mês

Hoje bateu mais forte
a saudade
que ontem era só
vaidade.

Reparei que ando
sonhando
e mesmo estando nos
olhando
a cumplicidade é de estar
se afastando
não mais
compartilhando
ideias, ouro e flores
desse mundo.

No café estralei
meu dedinho
lembrei que era meu
nosso carinho,
então que no canto
do Maurício
desabei em pétalas folhadas
a incomunicação.

Algum tempo mais velha,
desaguada e, agora,
sem valor,
a pergunta muda de
cor, sabor e temor:
Pra onde...?
Quando...?
O que...?
Frases, inteiras, não, mais,



ainda.

02/09/13
12h15