sábado, 12 de julho de 2014

Broto

Algo que nunca te darei
será uma boa dança.
Mas colherei nossos frutos
e os porei em tua boca
Para que com o evoluir de seus sabores
flutues nos leves sonhos que vamos sorrindo.
Assim
salivaremos as
intensas linguagens de todos os tempos
aquelas
estas
que pululam
ao meu passo confuso
e
, precipitadas,
percorrem maratonas de raciocínios homéricos
para chegar ao coração
assim que tropeçadas ao pé do ouvido.

21/06/2014
19h

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Baladas Alexandrinas Abertas à Cabeceira

Hoje percebi que passou
passou a folha voando,
deixou o galho resseco,
raspou no caule cinzento e
deitou marronzando a sacada.

Quando ainda era verde
lambia a janela foscada,
brincava com o sol reluzindo,
mas sempre ao bailar decidido a
fazer doces ao vento.

No tempo 
ligações se craquelam,
umas sombras se apagam
e colores desbotam.

Queria 
abrir a janela
pra ver ressoar
a folha charmosa
sussurros de além....