sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Idealizando a Liberdade, Libertando o Idealismo

Como um casal de velhinhos tentando recuperar o tempo perdido, se balançavam desordenada e ridiculamente à beira d'água direcionando seus olhos românticos ao pôr-do-sol de pausa em pausa da música latina.
Não entreolhavam-se mais do que o necessário pois estar ali, juntos, já era uma dica de que ambos os corações batiam frenéticos e admitir isso talvez colocasse em xeque cada plano de vida livre que faziam individualmente.
Contudo a mais plena liberdade talvez consista em sentir a leveza tão enraizada dentro de si a ponto de levitar-lhe a alma. Não é certo afirmar que haviam parado para pensar nisso mas é bem provável que dentre tantas as inverdades absolutas, aquele momento marcou como um profundo bem-estar natural.
Quando acordei me sentia preparada para enfrentar qualquer desafio que pudesse haver durante uma vida inteira. Enquanto estava de olhos fechados aquela era a incerteza mais certa que eu poderia sonhar por toda a eternidade.
Ainda me pergunto qual o limite entre uma realidade fantasiosa e um sonho minucioso...