sexta-feira, 25 de junho de 2010

Contradição É Pouco... Loucura Nem É Demais

Hoje eu te quero,
Amanhã já não te amo mais;
Agora preciso de carinho,
Dali a pouco transaremos feito animais.
Temos esperança de que um dia eu me renda,
Mas ambos sabemos que não me entregarei jamais.
Portanto me seduza, curta o momento e grite
(Já me acostumei com seus rituais).
Lamba meu períneo
Que em sua boca meu gozo jaz.
Não dê nome aos bois
Pois todo o amor do mundo nem me satisfaz.
Ameace cravar teus dentes em minha nuca,
Assim por um instante aches que um dia me terás.
Desistas de organizar meus pensamentos
Já que só eu sei do que minha loucura é capaz.
Depois de uma noite inexplicável
Um sorriso em sua boca a claridade traz,
Aposto que sonha em me domar
Enquanto eu fecho a porta e não olho para trás.
Eu comigo mesma
Não consigo encontrar descanso ou paz...
Nem eu nem eu mesma temos noção
Do quao ostensiva é a falta que você faz.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

"We're Living On The Edge"

Num momento de aflição certos restos do fruto proibido se tornaram grandes companheiros. A mão que os suportavam estava sendo testada e precisava de energia vinda da terra, ao abraçá-los sentiu sua necessidade sendo suprida por cada fio de ligamento entre uma história e outra.
Uma começou com a chuva tocando o solo.
A outra com um lábio tocando outro lábio.
Digamos que da umidade vidas são feitas.
Não somente vidas repugnadas como a dos fungos, mas também vidas que se encontram para fazer diferença na do próximo.
Sempre tantas conexões. Nem sempre consciência das mesmas. Menos ainda valorização de seus encontros.
"Graças à evolução" esses pensamentos não são tão óbvios. Certos atos permanecem despercebidos em caminhos longos. Tão longos que o tempo estoca escravos que pensam estar fazendo o melhor que podem.
Tão longas e ao mesmo tempo tão curtas.
Curta a vida...
Hipócrita e ridiculamente a mão que afaga é a mesma que agride e sente culpa, tudo numa fração de segundo, o que torna o tempo ainda mais rico.
É possível entender a contradição de um semelhante apenas quando se aceita a versatilidade dentro de si, senão tudo é ridículo.
O que não é ridículo é admirável.
O que não é admirável é ridículo.
Não existe mais o meio termo.
Isso sim é risível considerando o meio termo como equilíbrio e o equilíbrio como sendo saudável.
Para quê saúde se temos pressa até mesmo de viver?